terça-feira, janeiro 24, 2006

HOMENAGEM

Lembro-me de ti no meu primeiro dia de aulas no secundário, lembro-me da forma como me abordaste para me conhecer, tinhas um sorriso de menina que precisava de um constante conforto para se sentir bem com ela própria.
Lembro-me de uma bebedeira nossa com a Sandra em que fomos todas parar à casa dela para comer bananas porque as pizzas se tinham queimado.
Lembro-me das nossas mil e uma discussões para saber quem era a melhor amiga de quem.
Lembro-me da tua primeira grande desilusão de amor em que a tua melhor amiga te tinha traido com o teu namorado.
Lembro-me de uma noite em que dormiste em minha casa e nos deitámos com o colchão no meu terraço e adormecemos a olhar o céu, acordando depois com o nascer do sol.
Lembro-me das nossas conversas sobre o sentido de tudo, sobre o facto de nunca termos tido um grupo de amigos fixo e de nos sentirmos às vezes tão sozinhas.
Lembro-me da primeira vez que te vi chorar quando o nosso grande amigo morreu. Lembro-me de te agarrar e de te levar comigo para passearmos, e do teu longo sorriso após uma longa conversa.
Lembro-me das nossas saídas ao Bairro e da última conversa que tivemos em que falámos no medo que tinhamos de sermos esquecidas uma pela outra, do facto de nos adorarmos tanto e que por mais amigos que tivessemos a nossa ligação era sempre única.
Lembro-me do medo que tinhas de um dia morreres e de ninguém ir ao teu funeral, de estares completamente sozinha no mundo.
Minha querida acredita que não estavas.
Neste momento honro o teu nome com a esperança que vejas que afinal os teus maiores receios eram parvoíces.
Telefonei a todos e acredita que não são poucas as pessoas que choram por ti.
Escrevo estas palavras com a esperança de ainda ter um comentário teu, de chegar ao meu E-mail e ver que a "coisa" me escreveu mas infelizmente sei que nunca mais hei-de ter nada teu.
Foste-te embora minha amiga e contigo foi a minha fé.
Amo-te tanto minha irmã.

Sara

2 comentários:

Anónimo disse...

* * *


(só no caso dela «ler» isto, sim, joana, és muito amada)
subscrevo as tuas palavras fofinha

Anónimo disse...

I carry the things
that remind me of you
In loving memory of
the one that was so true
You were as kind as you could be
And even though you’re gone
You still mean the world to me

I never knew what it was-to be alone....no
Cause you were always
there for me
You were always home waiting
But now I
come home and it’s not the same no
It feels empty and alone
I just can’t believe you’re gone

Adoro-te mana:)