segunda-feira, janeiro 16, 2006

"Ensaio sobre as variações sazoneiras das sociedades esquimó"

Este belo título define exactamente o que a Antropologia como licenciatura é: merda!
Como é que podem pensar que um país como Portugal pode evoluir quando existem cadeiras no Ensino Superior que servem somente para uma boa hora e meia de sono?!
Não entendo o porquê de haver tanto pretensiosismo num curso que não serve para nada, a não ser para produzir um ciclo vicioso, ou seja, os professores ensinam os alunos, os alunos aprendem, os alunos tornam-se professores e por aí fora.
A Antropologia como ciência é interessante e não, não é o curso em que se fazem escavações (como muitas "andorinhas" já me disseram) a não ser que chamem escavações àquilo que se faz aos livros após a leitura de uma ou duas páginas. Supostamente, é a ciência que estuda o Homem mas a partir do momento em que os únicos homens que existem são os das sociedades africanas ou sul-americanas o curso perde o interesse (não pelas culturas em si mas sim pela repetição constante de matéria) e estagna em definições e teorias abstractas de vários tipos de autores.
Porque não fazer-se uma reestruturação no programa de ensino?
Porque não fazer-se uma lavagem ao cérebro dos magníficos professores e alunos de Antropologia?
Não desejo, com este texto, ofender alguém ou ferir susceptibilidades mas sim demonstrar aquilo que tanto me enoja e angustia na "cultura antropológica" da FCSH.
Várias são as características que constituem este grupo tão especial de estudantes, como o facto de se acharem os visionários do mundo, de fumarem as suas ganzas às 9h da manhã para maravilha dos espectadores, de levarem as garrafas de plástico cheias de vinho ou traçado para o Bairro Alto para depois de já bem bebidos debitarem frases soltas retiradas de livros como "Trabalhamos sobre um barril de pólvora" - Homens e perigo na refinaria de Sines. A roupa ou mais concretamente os trapos de marca, é talvez das características mais importantes para se ser considerado um verdadeiro discípulo da Antropologia.
Para finalizar, é importante mencionar que todo este "pacote" inclui um típico pensamento: que a cultura é conhecer principalmente os vários géneros de arte contemporânea intelectual, ou seja, o cinema independente, interpretado e analisado de uma forma completamente abstracta, a música não pode ser comercial porque tudo o que é comercial é mau e própria literatura terá de incluir palavras caras e frases complexas para mostrarem exactamente aquilo que são mas não desejam ser: uns ignorantes.
Não critico aqueles que possuem este tipo de interesses, critico sim aqueles tristes "pseudo-intelectuais" que se mascaram todos os dias para mostrarem algo que não são nem nunca conseguirão ser.

4 comentários:

TheyDontSleepAnymore disse...

esqueceste-te de referir que as mulheres não se depilam...
* * * *

Sara Almeida disse...

sim, sem duvida acho que seria muito importante e socialmente conveniente estudar sobre a vida do sadik... que tristeza..

Anónimo disse...

'Como é que podem pensar que um país como Portugal pode evoluir quando existem cadeiras no Ensino Superior que servem somente para uma boa hora e meia de sono?!'
:D adorei! lol.. às xs ponho-me a pensar, e não sei como aguentas essa merda desse curso! até podia ser um curso interessante, sim eu sei.. mas pronto.. não é a primeira nem a segunda vez que falamos sobre este assunto.. :P e o meu acaba tb por ter as suas cadeiras que são tão boas como essas para dormir umas quantas horinhas.. :x :|

e suponho que o 'raw' seja o menino samuel! :D e sim.. ri-me imenso com a porcaria do comentário dele.. :X :D

beijinhos. ;)

Antropologia e Design UFPR disse...

putz... e eu só queria uma versão em pdf do texto do Mauss.