Vasculhei a minha mala à procura do caderno para poder escrever umas quantas linhas, não me sentindo totalmente inspirada ou tão pouco liberta para depositar a minha alma como sempre o faço nas palavras.
Olhei à volta todas as mesas e caras desconhecidas, com os seus olhares indiferentes murmuravam entre si, nada me fazia qualquer sentindo.
O céu vestia-se de vermelho, o sol espreitava já quase apagado por entre as nuvens que se começavam a condensar e eu aqui te esperei, sentada nesta cadeira com mais um cigarro aceso entre os dedos.
O tempo passava cada vez mais lento, as lágrimas caíam e não desejei mais as tuas desculpas ou o teu pedido de perdão, chegava o momento de apagar o cigarro e pagar o café que entretanto arrefeceu.
Sara
2 comentários:
Tão tipicamente Lisboa, tão tipicamente Rossio no Nicola... por exemplo, ou muitos outros cafés espalhadaos pela parte histórica da cidade...
Bjs
está duro e seco.
está Lisboa em espera.
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