segunda-feira, dezembro 25, 2006
City Lights
Criei um novo espaço.
As palavras são as mesmas, a autora é a mesma de sempre, só muda mesmo o aspecto.
Começarei a escrever em Janeiro no City Lights (www.secretmessage.blogspot.com)
Até lá desejo-vos a todos um Feliz Ano Novo.
Sara Almeida
sábado, dezembro 02, 2006
Despeço-me
Quem escreve quer morrer, quer renascer
num ébrio barco de calma confiança.
Quem escreve quer dormir em ombros matinais
e na boca das coisas ser lágrima animal
ou o sorriso da árvore. Quem escreve
quer ser terra sobre terra, solidão
adorada, resplandecente, odor de morte
e o rumor do sol, a sede da serpente,
o sopro sobre o muro, as pedras sem caminho,
o negro meio-dia sobre os olhos.
E com este grande Poema deste grande Poeta me despeço.
Um Beijo a todos aqueles que sempre fizeram parte de mim e deste blog.
Sara
domingo, novembro 19, 2006
Callema
Callema dedica esta sua primeira capa a Yolanda Castaño, nome cimeiro da mais recente poesia galega.
segunda-feira, novembro 06, 2006
Parabola
This holy reality, this holy experience. Choosing to be here in...
This body. This body holding me. Be my reminder here that I am not alone in
This body, this body holding me, feeling eternal all this pain is an illusion.
Alive!
In this holy reality, in this holy experience. Choosing to be here in...
This body. This body holding me. Be my reminder here that I am not alone in
This body, this body holding me, feeling eternal all this pain is an illusion.
Twirling 'round with this familiar parabol.
Spinning, weaving 'round each new experience.
Recognize this as a holy gift and celebrate this
chance to be alive and breathing,
a chance to be alive and breathing.
This body holding me reminds me of my own mortality.
Embrace this moment. Remember; we are eternal,
all this pain is an illusion.
*Depois de um grande concerto a música que faltou e que para mim toda ela faz sentido...
sábado, novembro 04, 2006
Black Hole Sun
In my eyes, indisposed
In disguise as no one knows
Hides the face, lies the snake
The sun in my disgrace
Boiling heat, summer stench
'Neath the black the sky looks dead
Call my name through the cream
And I'll hear you scream again
Black hole sun
Won't you come
And wash away the rain
Black hole sun
Won't you come
Won't you come
Stuttering, cold and damp
Steal the warm wind tired friend
Times are gone for honest men
And sometimes far too long for snakes
In my shoes, a walking sleep
And my youth I pray to keep
Heaven send Hell away
No one sings like you anymore
Hang my head, drown my fear
Till you all just disappear
*Mais uma música para recordar...
domingo, outubro 22, 2006
Brighid
Os tempos mudam, o verão acabou e chegam as chuvas.
Eu sento-me a escrever neste meu assento onde nada à minha volta se manifesta, sou ser criador da sua própria realidade e faço deste mundo o meu produto final de criação.
A chuva lá fora não pára, oiço os carros passarem devagar e oiço as gotas de água caírem sobre o chão de pedra do terraço.
As janelas da casa batem com força, o vento sopra desesperado chamando pela terra que o consome.
Tenho as mãos quentes e o coração calmo, bebi um chá de maçã e canela antes de me sentar a escrever, tenho agora o poder da criação em mim e estas palavras sugam toda a minha energia porque nelas deposito a minha força.
Quantas vezes não nos ouvimos lamuriar por causa de uma situação? Quantas vezes não ficamos em casa perdidas porque simplesmente nos sentimos fracas demais para nos apresentarmos ao mundo? Quantas vezes não somos confrontadas com alguém que nos faz sofrer, que nos deita abaixo, que nos pisa e nos volta a pisar vezes sem conta? Quantas vezes não tentamos ser vistas por uma multidão para nos sentirmos mais quentes? E quantas vezes não queremos simplesmente uma única palavra de amor?
Todas nós pensamos nisto, por mais fortes que sejamos, por mais frias que tentemos ser, todas nós apresentamos um coração que bate forte sempre que passa por uma criança, que bate sempre que sente o cheiro de uma simples recordação de infância, que bate sempre que revemos o nosso primeiro grande amor, que bate sempre que nos olhamos ao espelho para nos sentirmos mais bonitas para a noite que nos aguarda ansiosa.
Eu só não entendo o nosso egoísmo, o nosso desespero perante uma situação mais difícil, os nossos ciúmes e as nossas invejas.
Somos capazes de ser maldosas, mesquinhas e falsas para com um grupo, para com outras e muitas vezes para com as nossas verdadeiras amigas.
De onde vem toda essa energia que nos guia tanto para o mal?
E se a utilizássemos para erguermos o nosso corpo e fazermos da nossa vida algo mais simples e a dos outros também?
Parece que o nosso universo gira em torno do homem, que este é a razão de todos os nossos infortúnio. Será?
Será que não somos nós mulheres que complicamos aquilo que é tão simples?
Sim, todas nós já sofremos, todas nós já chorámos, todas nós talvez em um minuto das nossas vidas já perdemos a nossa dignidade por causa de um amor, mas será que precisamos de nos trancar em nós próprias, de nos sentirmos indefesas e vulneráveis por causa disso?
Se as mulheres foram feitas para serem mães e sofrer as dores de um parto e se erguerem a seguir para segurar nos braços o seu filho então fomos feitas para aguentar muito mais.
Eu penso que sabemos que temos uma grande força em nós mas que constantemente temos medo de a utilizar porque nos reprimimos a nós próprias.
Com estas palavras só quero que reflictam, posso estar a ser confusa naquilo que digo mas tenho a certeza que muitas que se dêem ao trabalho de me ler vão entender o que digo e vão esboçar um sorriso…
Não pensem nisto como um “manifesto” feminino, só não gosto de pensar que muitas de nós nos fechamos num quarto a chorar pelo tempo que já não volta.
Ergam os vossos olhos e vivam a vida como se fosse o vosso último minuto.
Sintam e utilizem esse sexto sentido para se fortalecerem.
domingo, outubro 15, 2006
Bang Bang
We rode on horses made of sticks
He wore black and I wore white
He would always win the fight
Bang bang, he shot me down
Bang bang, I hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, my baby shot me down
Seasons came and changed the time
When I grew up, I called him mine
He would always laugh and say
"Remember when we used to play?"
Bang bang, I shot you down
Bang bang, you hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, I used to shoot you down
Music played and people sang
Just for me the church bells rang
Now he's gone. I don't know why
And till this day, sometimes I cry
He didn't even say goodbye
He didn't take the time to lie
Bang bang, he shot me down
Bang bang, I hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, my baby shot me down
Nancy Sinatra